Energia é um dos principais
componentes a ser considerado na composição da ração, uma vez que todos os
animais necessitam de fontes constante de energia proveniente dos alimentos
para sobreviver. Alimentos energéticos são aqueles que, durante o processo digestivo,
tornam-se fonte direta de energia para o organismo, para que os animais possam
desempenhar todas as suas funções normalmente.
O Milho é o ingrediente
energético mais utilizado em dietas para suínos, devido a sua elevada
concentração de amido e de extrato etéreo. Geralmente o milho possui em sua
composição 7,8% de proteína, 3,8% de extrato etéreo e 3.350 kcal/kg de energia
metabolizável para suínos, podendo variar de acordo com as condições do plantio
(clima, adubação...). Deve-se evitar utilizar isento de toxinas e permitir um
máximo de 6% de impurezas para garantir uma dieta de qualidade. A granulometria
da dieta na ração também é muito importante, quanto menor a granulometria melhor
a digestibilidade, porém deve-se ter cuidado no tamanho da partícula, pois
partículas pequenas podem predispor ao aparecimento de ulceras.
O Sorgo é um cereal
bastante utilizado na alimentação animal, em dietas de suínos o sorgo pode
substituir em até 100% a dieta de suínos, os cuidados ao utilizar o sorgo nas
dietas são os mesmos empregados ao milho. A composição do sorgo geralmente é em
torno de 8,7% de proteína, 3,2% de extrato etéreo e 3.320 kcal/kg de energia
metabolizável para suínos.
O Trigo é um cereal bastante
consumido no Brasil, na alimentação animal é bastante utilizado o subproduto da
indústria, o farelo de trigo, é um ingrediente que pode ser utilizado como
fonte energética e proteica, apresentando aproximadamente 15% de proteína, 3,2%
de extrato etéreo e 2.350 kcal/kg de energia metabolizável para suínos. A
inclusão de farelo de trigo sugerida para suínos na fase inicial é de até 5%,
para fase de crescimento até 15% e para fêmeas em gestação é de até 20%.
O Farelo de Arroz Integral é
um subproduto obtido do beneficiamento do grão de arroz sem casca. Em sua
composição física está presente o pericarpo, gérmen, fragmento de arroz e uma pequena
percentagem de casca, já em sua composição química possui 12% de proteína, 14% de
extrato etéreo e 3.000 kcal/kg de energia metabolizável. Apesar de uma boa
composição nutricional, este ingrediente apresenta presença de elevados teores
de celulose, oxalatos e fitatos, que são fatores antinutricionais. Desta forma,
sua recomendação em dietas para suínos pode variar de 5 até 30% para as fases
de crescimento, terminação e para fêmeas em gestação.
Quirera de arroz são os grãos quebrados
obtidos no processo de classificação do arroz para consumo humano, que possui
níveis nutricionais similar ao milho. A composição nutricional da quirera de
arroz é de 8% de proteína, 1% de extrato etéreo e 3.400 kcal/kg. Recomenda-se a
inclusão de até 25% na ração de suínos na fase de crescimento e terminação.
Farinha integral de mandioca
é um produto obtido através da raiz integral da mandioca. Em sua composição
nutricional podemos observar aproximadamente 2,8% de proteína, 0,9% de extrato
etéreo e 3.300 kcal/kg de energia metabolizável para suínos. Em dietas para
suínos a farinha integral da mandioca pode substituir totalmente o teor de
energia do milho para as fases de crescimento e terminação. No entanto, deve-se
atentar para os níveis de proteínas e aminoácidos das rações, visto que este
ingrediente possui teor de proteína em sua composição muito inferior ao milho.
Farelo de raspa de mandioca
é um subproduto obtido da extração do amido da mandioca. Já em sua composição nutricional
podemos encontrar valores aproximados de 2,6% de proteína, 0,5% de extrato
etéreo e 3.000 kcal/kg de energia metabolizável para suínos. Este ingrediente
possui elevado teor de fibra, além uma energia um pouco mais baixa, devendo-se
evitar sua utilização na dieta de suínos na fase de crescimento, podendo ser incluído
em até 30% em dietas para suínos na fase de terminação.
Atenção: Todos os
ingredientes possuem variações em suas composições, devido a diferença de
clima, solo, colheita, entre outros. Isso pode alterar o nível que o
ingrediente pode ser incluído nas rações. Para realização da inclusão, troca de
ingrediente ou ajuste de dieta é importante consultar um técnico na área para
que a dieta possa atender as necessidades de seus animais.
Referências: Mafessoni, 2014; Ribeiro Jr., et al., 2018; Zardo e Lima, 1999.
Quem escreve: Liliane Olímpio Palhares
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